Colóquio ‘A Estação Francesa das Flores – 30 anos de ligação, 30 anos depois‘ - Coronel Joseph Caraës
A Secretaria Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, por via da Direção Regional dos Assuntos Culturais (DRAC), através do Museu das Flores, tem o prazer de anunciar a participação do Coronel Joseph Caraës no Colóquio ‘A Estação Francesa das Flores – 30 anos de ligação, 30 anos depois’, apresentando a palestra "O papel da Estação Francesa de Telemedidas das Flores no desenvolvimento da Force de Frappe nuclear".
O acordo Luso francês de 1964 facilitou a implementação do projeto francês da Force de Frappe, autorizando o Centre d ‘Essais des Landes (CEL) a instalar uma estação de telemedidas na ilha das Flores. Todos os ensaios efetuados no CEL com participação da Estação das Flores permitiram à França desenvolver os seus mísseis balísticos desde os SSBS (S1, S2 e S3) aos MSBS (M4 e M5), aproveitando os progressos nos domínios da informática e da miniaturização das cargas militares, para calcular as trajetórias exatas dos mísseis e suas várias cabeças, elementos essenciais para a credibilidade e eficácia da Dissuasão Nuclear.
Para a ilha das Flores, a presença da estação foi um período de desenvolvimento sem precedente em matéria de infraestruturas, transportes, saúde, emprego e economia. Para os franceses que tiveram o privilégio de ser membros da Estação, e respetivas famílias, foi uma honra ter participado de uma missão nobre e importante e uma oportunidade de ter descoberto uma ilha maravilhosa com um modo de vida tradicional e amigável dos seus habitantes.
Nascido a 11 de março 1940, o coronel Joseph Caraës possui uma carreira militar notável. Diplomado da Escola do Ar em Salon de Provence, serviu como oficial especializado em controlo de tráfego aéreo na defesa aérea francesa, destacando-se com diversos comandos nas bases de Drachenbronn (Alsácia), Baden-Oos (Alemanha) e Tours, no período de 1963 a 1975. Assumiu o cargo de Comandante da Estação Francesa de Telemedidas na ilha das Flores e também desempenhou o papel de agente consular de França de 1975 a 1980. Posteriormente, liderou a estação de radar de Brest (França) de 1980 a 1983 e integrou o Estado-Maior da Defesa Aérea em Taverny (França) de 1983 a 1984.
Entre 1984 e 1987, serviu como Adido Militar das Forças Armadas Francesas na embaixada de França em Quito, Equador. Em seguida, ocupou a posição de Segundo Comandante na base de St. Cyr l'École em Paris de 1987 a 1988.
Na carreira civil, desempenhou funções como Delegado da OFEMA (Office Francais d'exportation de matériel aéronautique) e como Diretor Geral da OBS (OFEMA Brasil Service) no Rio de Janeiro, Brasil, de 1988 a 1991.