Colóquio ‘A Estação Francesa das Flores – 30 anos de ligação, 30 anos depois‘ - Coronel José Carlos de Magalhães Cymbron
A Secretaria Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, por via da Direção Regional dos Assuntos Culturais (DRAC), através do Museu das Flores, tem o prazer de anunciar a participação do Coronel José Carlos de Magalhães Cymbron no Colóquio ‘A Estação Francesa das Flores – 30 anos de ligação, 30 anos depois’, apresentando a palestra " O impacto da presença francesa nos Açores 1964-1994".
Durante uma trintena de anos viveu na Ilha das Flores uma pequena comunidade de cerca de cem pessoas ao serviço do Ministério da Defesa da França. A esse grupo deve acrescentar-se, em permanência, um pequeno destacamento no Aeroporto de Santa Maria, composto por 6 ou 7 elementos da Força Aérea Francesa, cujo papel não foi de somenos importância, quer como ponto de apoio aos aviões de patrulha e reconhecimento marítimo P2V7 Neptune e Bréguet Atlantic, quer aos aviões DC7-C AMOR (Avion de mesurement, observation et reconaissance), quer ainda à reserva de zonas de exclusão aérea e marítima, assim como ao apoio das missões logísticas do Transall 160C. Dependente do Centre d’Essais des Landes – CEL, sediado em Biscarrosse, província da Aquitânia, a Estação Francesa de Telemedidas, que englobava os Anexos das Flores e de Santa Maria, permaneceu na primeira ilha de 1966 até 1993 e na segunda até 1994, e desde já podemos afirmar que deixaram profundas saudades na população local, especialmente na Ilha das Flores, que viveu por antecipação um período de grande progresso material em quase todos os aspetos da sua vivência insular e quotidiana.
Engenheiro militar do Exército, reformado, com a patente de coronel. Ingressou na Academia Militar em 1963, pertencendo ao Curso Teixeira Pinto. Foi comandante da Companhia de Sapadores da Escola Prática de Engenharia e diretor dos Cursos de Oficiais e Sargentos Milicianos de Engenharia na mesma Escola.
Cumpriu duas comissões de serviço na ex-província ultramarina de Moçambique. Entre 1975 e 1986, foi delegado do Serviço de Fortificações e Obras do Exército na Zona Militar dos Açores.
Prestou serviço na Repartição Logística do Estado Maior do Exército, em 1987-1988, e, em 1989-1990, foi 2.º comandante do Regimento de Engenharia n.º 1, em Lisboa.
No período de 1990-1991, chefiou a Repartição de Operações do Comando-Chefe dos Açores e do ISCOMAZORES.
Foi delegado nos Açores da CEOME e da CEIOTAN durante os períodos de 1984-1986 e 1990-1994. Desempenhou as funções de adjunto-principal do Gabinete do Ministro da República para os Açores, entre 1991 e 1997.
Foi consultor da Secretaria Regional dos Transportes e Turismo para os Aeroportos do Grupo Central e, a partir de 1998, prestou, até 2011, serviços de consultadoria à Direção Regional das Pescas e à Lotaçor, para as infraestruturas marítimas de apoio às pescas. Frequentou diversos cursos de Formação Militar, entre os quais o de Estado Maior, e participou em vários cursos, seminários e colóquios sobre Segurança Nacional, Relações Internacionais, Geopolítica, Geoestratégia e Fortificação Antiga. É sócio do Instituto Histórico da Ilha Terceira e pertenceu ao Centro de Relações Internacionais de Estratégia da Universidade dos Açores. Integrou várias missões de cooperação em São Tomé e Príncipe e Cabo Verde. É autor do livro Os franceses nos Açores (1964-1994), publicado em 2022.