Colóquio ‘A Estação Francesa das Flores – 30 anos de ligação, 30 anos depois’ - Sérgio Alberto Fontes Rezendes
A Secretaria Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, por via da Direção Regional dos Assuntos Culturais (DRAC), através do Museu das Flores, tem o prazer de anunciar a participação do Doutor Sérgio Alberto Fontes Rezendes no Colóquio "A Estação Francesa das Flores – 30 anos de ligação, 30 anos depois", apresentando a palestra "Mar e Ar - A Guerra Fria e a premeditação bélica no espaço açoriano".
A constituição da NATO e consecutiva integração de Portugal em 1949, resulta de uma série de fatores inerentes ao Atlântico e à possibilidade de um confronto pela supremacia entre blocos, reforçados pelo Pacto de Varsóvia, em 1955; a detonação de engenhos nucleares e o início de uma série de conflitos, descritos por vezes como de escape, caso da Guerra da Coreia ou do Vietname.
Os Açores não ficariam alienados deste contexto de Guerra Fria até mesmo porque constituem a principal razão para o convite norte-americano.
Contudo, o seu enquadramento ultrapassa em muito, a posição estratégica da ilha Terceira, envolvendo várias ilhas, o Ar e o Mar dos Açores.
Neste sentido, pretende-se revisitar o interesse geoestratégico adstrito ao arquipélago, partindo-se de um conjunto de ações, incidentes, estruturas e iniciativas desenvolvidas pelos blocos nas ilhas, e em seu redor.
O Doutor Sérgio Rezendes nasceu em Ponta Delgada, Açores, é licenciado em História e Ciências Sociais (Via Ensino), Mestre em Património, Museologia e Desenvolvimento e Doutor em História Insular e Atlântica (séculos XV-XX) pela Universidade dos Açores, onde já lecionou. Entre 2000 e 2010 foi subdiretor do Museu Militar dos Açores, tendo transitado pelo Museu Militar de Lisboa e Arquivo Histórico Militar. Entre setembro de 2010 e outubro de 2021, foi Professor de História no Colégio do Castanheiro em Ponta Delgada, exercendo, desde então, o cargo de Vereador da Cultura do Município de Ponta Delgada.
A sua produção museológica e bibliográfica centraliza-se na I metade do século XX, articulando a Etnografia e a História regional com a nacional e internacional, nomeadamente durante as Guerras Mundiais e enquanto destino de degredo e prisão política. São da sua autoria títulos como Grande Guerra nos Açores: Memória e Património Militar (2014), Ponta Delgada, no Centenário de todas as Mudanças (2017), Receios, privações e miséria num ambiente de prevenção armada: a II Guerra Mundial nos Açores (2019) e O Depósito de Concentrados Alemães na ilha Terceira: a História de uma reclusão forçada (2019), Açores e Macaronésia, Terras de Degredo Político em 1930, que integrou o colóquio Questões de Identidade Insular na Macaronésia (CHAM-2020), para além da coordenação de outras obras como A Grande Guerra e os Açores – da Estratégia Naval à Gripe Espanhola (2019).